Publicado por: Assopoc
O dia 20 de janeiro será sempre lembrado no Lar dos Idosos da Associação dos Protetores das Pessoas Carentes, a ASSOPOC, em Crucilândia. A data marcou o início da vacinação contra a COVID-19, com a aplicação emblemática da primeira dose na médica responsável e atuante da linha da frente, Daniela Oliveira, e da idosa de 100 anos, Adelina.
Se no dia 20 somente duas aplicações foram consolidadas, na data seguinte mais 38 pessoas foram devidamente imunizadas com a primeira dose da vacina. “Ao todo, 20 profissionais da linha de frente e 20 idosos com quadro de saúde mais instável foram vacinados”, afirma a assistente social da entidade, Vânia Borges. Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Jairo Nunes, a segunda dose da vacina já está confirmada com o estado. “Possivelmente a aplicação será no dia 03 de fevereiro”.
Apesar da imunização ainda não ter contemplado todos 160 idosos ali acolhidos, trata-se de uma esperança que nasce. “Recebemos apenas um sexto do número que precisamos, mas estamos felizes e certos de que é um momento muito importante”, conta o presidente da ASSOPOC, Sérgio Coelho.
Ainda segundo ele, essa imunização chega com mais representatividade pois a instituição está adotando, desde março de 2020, o mais rígido protocolo de combate e prevenção ao vírus das ILPIs, que inclui reclusão completa da unidade, suspensão das visitas e o isolamento de todos os funcionários. Todo esse movimento, porém, já gerou um gasto a mais de 700 mil reais, e veem desgastando toda a equipe. “Não está sendo fácil proteger os idosos e chegar nesse décimo mês de protocolo com nenhum assistido contaminado. São muitos profissionais que deixaram suas famílias, e se esforçam ao máximo para fazer tudo acontecer”, relata o coordenador de isolamento, Emílio Coelho, e que é enfático: “Ver os primeiros idosos sendo vacinados nos dá um alívio enorme, é como tivéssemos prendido a respiração lá em março, e agora estamos podendo voltar a respirar”.
A data para a vacinação da primeira dose para o restante dos idosos e equipe ainda não foi informado pela Secretaria de saúde, contudo, já existe um movimento de requerimento para tal. “Estamos cobrando uma quantidade maior de doses de forma prioritária ao estado”, garante o secretário.